Olá! Sejam bem-vindxs ao meu blog! Disponibilizo
aqui para vocês, um texto adaptado que tive acesso em minha formação de Doula.
Acredito que ele pode esclarecer muitas dúvidas sobre o trabalho da Doula,
principalmente para aqueles que estão pensando em chamar uma pela primeira vez. Boa leitura!
A
pergunta mais comum referente aos cuidados da Doula para gestantes ou casais
grávidos: e quanto ao acompanhante? (marido/pai do bebê/avó)
Existem
muitas considerações válidas geralmente levantadas por gestantes que estejam
considerando os cuidados da Doula para o trabalho de parto e nascimento. Por
exemplo: “Porque se importar com a Doula?”,
ou
“a Doula pode interferir com a
minha intimidade, já que ela é praticamente uma estranha para mim”, ou
ainda “a Doula pode querer me induzir a ter o parto que ela quer, não o que eu
ou eu e meu marido queremos”.
Algumas
gestantes ou casais se preocupam que o acompanhante seja deixado de fora, que a
Doula irá assumir tudo e que ela delegará ao companheiro
um papel menor. Por outro lado, algumas mulheres se preocupam que o acompanhante
não poderá ser de auxilio na hora, mas hesitam em sugerir uma Doula por receio
de magoar o acompanhante. E alguns acompanhantes querem ajuda, mas se sentem
inseguros quanto a habilidade deles em dar conta das necessidades da mulher.
Abaixo
estão listados alguns dos mitos ou preocupações quanto as Doulas, além de falar
das realidades. Isto pode esclarecer como a Doula trabalha com a mulher e seu acompanhante.
Se a mulher tem um acompanhante, a Doula se torna desnecessária.
Realidade: A Doula pode ser a única pessoa presente durante o
trabalho de parto além do acompanhante (marido/avó) que está ali exclusivamente
para o bem-estar emocional da mulher. A enfermeira, o médico, a parteira têm
suas prioridades que competem com o cuidado emocional da mulher; por exemplo,
descanso, mudanças de plantão, responsabilidades clínicas, consultório e
rotinas hospitalares.
A Doula tem pouca ou nenhuma destas prioridades. Ela
permanece durante as mudanças de turno, até que o bebê tenha nascido. Ela não é
apenas mais uma estranha ao casal, ou à família da parturiente. Ela tem na
necessidade da mulher a sua maior prioridade.
Enquanto a Doula sabe mais sobre como proporcionar
conforto à mulher e apoiá-la no processo de parto do que o acompanhante, este acompanhante sabe mais sobre a
personalidade da mulher, seus desejos e gostos. Mais do que isso, o acompanhante
ama a parturiente mais do que qualquer
um ali presente.
A Doula assume o papel, deslocando o acompanhante e
interferindo na intimidade.
Realidade: A Doula pode inclusive aproximar a família. A Doula
permite ao acompanhante participar ao seu próprio nível e conforto. Alguns acompanhantes
preferem participar apenas como espectadores. Eles podem não querer participar
ativamente e não querem ser responsáveis pela segurança física e emocional da
mulher. A Doula pode preencher esta lacuna e permitir que o parceiro participe
ao seu próprio ritmo.
Quando o acompanhante escolhe ser a principal fonte de
apoio emocional, a Doula pode complementar seu trabalho como assistente,
fazendo sugestões para medidas de conforto, oferecendo palavras de confiança e
conforto. Durante um longo e cansativo trabalho de parto, ela pode dar uma
folga ao acompanhante para descansar um pouco ou mudança de cenário.
Para o acompanhante que é tímido, inseguro ou mesmo desconfortável
com seu papel, a Doula pode sugerir medidas simples como monitorar o tempo das
contrações, segurar a mulher numa determinada posição, massageá-la. Nesta
condição, a Doula pode estar guiando, mas o acompanhante estará participando
mesmo assim.
A Doula tem suas próprias crenças de como o parto deve
acontecer, e impõe suas crenças à mulher.
Realidade: Um dos compromissos da Doula é assegurar que as
programações do Plano de Parto da mulher ou do casal, sejam respeitadas e seguidas
o mais que possível. Se a Doula estiver bem familiarizada com os desejos da
gestante e do acompanhante, e com o Plano de Parto, ela pode lembrar à equipe
ou ao casal de alguns itens deste plano que foram esquecidos, mas que posteriormente
serão importantes.
A Doula auxilia na comunicação fazendo perguntas que
asseguram que a informação correta seja dada à mulher e seu acompanhante para
que eles tomem decisões informadas. Entretanto, ela não toma decisões pelo
casal.
A combinação da participação do acompanhante e as
contribuições da Doula, junto com a competência e consideração da equipe de
assistência médica, fornecem a mulher e ao bebê a melhor chance de excelentes resultados
no trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Em resumo, a Doula auxilia
para que a experiência de parto seja recompensadora e o mais satisfatória
possível, para a mulher, o bebê e seu acompanhante.
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